sábado, 17 de maio de 2014

AS ALEGRES MÉDICAS CUBANAS EM ALEGRETE


AS ALEGRES MÉDICAS CUBANAS.

À primeira vista, a impressão é de que elas já estão há muito tempo em Alegrete. O sorriso cativa, o olhar aproxima, o gesto acolhe. Dos médicos e médicas que vieram de outros países para o trabalho em Alegrete, duas médicas cubanas ganham a cada dia a simpatia dos que delas se cercam. Fui conversar com elas. Apenas na troca de algumas palavras e a impressão era de antigas conhecidas. Adela Margarita Hung Del Toro, 54 anos, clínica geral e traumato, 24 anos de profissão e Olga Lydia Hernandez Gonzales, 50 anos, dos quais 30 anos de medicina comunitária.Aqui, um pouco da vida de cada uma delas.

ADELA, A MAIS EXTROVERTIDA

Adela, mãe de três filhos, saiu de Santiago de Cuba, cidade litorânea ao sul da Ilha para buscar um novo horizonte como disse. “Vim trabalhar aqui pela humanidade”. Disse ter sido bem acolhida na cidade, a adaptação foi rápida, inclusive com os pacientes. A única dificuldade, a língua. O que ela quer é cumprir seu tempo em Alegrete (3 anos) da melhor forma possível. Atualmente, ela acompanha o trabalho do médico Dr. Perim na Unidade Básica de Saúde do Bairro Promorar.
A médica cubana esbanja simpatia e é muito divertida. Gosta de uma salsa, ritmo musical cubano, apreciadora da carne de porco muito consumida em Cuba, e demonstra intimidade com o piano e o violão. No celular ou na Internet, ela fala com a família que ficou na Ilha. Disse que nesta Copa vai torcer pelo Brasil ( Cuba não tem tradição de futebol). Sobre o futebol gaúcho abriu o coração: é gremista.
Evitando tocar no assunto política ( é problema entre governos,sublinhou)Adela demonstra toda a sua paixão por Cuba, “país mais lindo que há o mundo, apesar de ser uma ilha”. Conforme disse, é o povo mais humanitário e solidário que existe e sempre pronto a ajudar outros povos que precisam, não importando o lugar.

OLGA LYDIA, COMEDIDA, ROMÂNTICA....

Se Adela saiu do sul de Cuba, Olga Lydia veio do outro extremo, Matanza, no norte de Cuba. Foi de lá que já havia saído anteriormente para uma missão de cinco anos em Tátira, na Venezuela. Em Alegrete trabalha há cinco meses entre o núcleo Quilombolas do Angico e o PAM, enquanto aguarda a inauguração da Unidade Básica de Saúde do Bairro Boa Vista onde vai atuar. Disse estar gostando do trabalho,consegue entender o que as pessoas dizem e se aparece alguma dúvida, pede ajuda à enfermeira. Estranhou muito o clima por isso teve de rever seu guarda-roupas. Olga,que deixou o esposo e uma filha em Cuba,mata a saudade pela Internet. Demonstra serenidade ao falar, gosta de ficar em casa e assistir a um bom filme - se não está trabalhando - ou então gasta o tempo ouvindo música instrumental. Já é fã da novela das Oito, simpatiza com as cores do Grêmio e define-se como uma mulher muito romântica.


A BUSCA DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

Numa coisa ambas afinam : a saudade da família distante,mas ao mesmo tempo o desafio em busca de uma vida melhor. Elas concordam que aqui estão ganhando mais do que em seu país, mas há a angústia da separação da família em que não podem estar juntos para acompanharem o crescimento dos filhos. Mas o que compensa é o fato de estarem contribuindo com seu trabalho para salvar vidas, melhorar a qualidade de vida das pessoas e isso vale a pena, concordam.

Fonte > Facebook de  Alair Oliveira Almeida

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